Desde 2014 a 2024, o investimento estrangeiro em imobiliário triplicou o valor dos investimentos em stocks. São empresas, fundos, bancos e particulares sediados fora do país que investem e especulam no mercado imobiliário português.
No imobiliário, o total de investimento passou dos €4,9 mil milhões em 2014 para €15 mil milhões este ano. O peso do imobiliário dentro do IDE aumentou tanto que passou de 6º para 4º lugar no ranking das atividades económicas de referência deste investimento. Juntando o setor da construção ao do imobiliário, o investimento total passa a perfazer €18,5 mil milhões, mais de 10% do total do IDE.
O conjunto dos investidores estrangeiros passou a deter ativos (capital ou dívida, porque se tornaram credores) em forma de investimento num valor patrimonial de 183,9 mil milhões de euros, mais 55% do que em 2014.
Segundo os dados do Banco de Portugal, a Espanha é o país de onde entra mais investimento estrangeiro em Portugal, seguido dos Países Baixos e o Luxemburgo.
Este aumento muito significativo do IDE aconteceu logo a partir de 2014, impulsionado pela desvalorização interna da economia (salários e preços em geral), que a tornou, na altura, muito mais barata e apetecível. Os dados registados, que remontam a janeiro de 2014, dão indício de que o aumento do investimento estrangeiro em Portugal começou precisamente quando terminou o programa de ajustamento da troika.
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Fonte: Diário de Notícias